Na propriedade de 400 hectares de Gilberto Monteiro, em Leopoldina, na Zona da Mata Mineira, 100 vacas estão em lactação. A produção diária é de 1,3 mil litros de leite. Gilberto gasta todo mês R$ 31,2 mil para manter a produção de GPS de precisão e com o litro cotado a R$ 0,90, sobra de lucro, pouco mais de R$ 5,8 mil. Os gastão são com funcionários, vacinas e remédios e alimentação.
Algumas alternativas podem ajudar a baratear os custos, como os piquetes rotacionados, que aproveitam melhor o espaço pequeno para aumentar a produtividade. Fazer a própria mistura da ração também é uma dica para aumentar a receita de GPS agrícola. Para a Emater de Minas Gerais, a forma de gestão da propriedade ajuda muito. O preço pago pelo leite ao produtor, em Minas Gerais, subiu cerca de 10% do começo do ano pra cá. Na Zona da Mata, o valor oscila de R$ 0,95 a R$ 1.
Túlio Silva, gerente de produção da Cooperativa de Produtores de GPS agrícola de Leopoldina, a maior bacia leiteira da região, explica a alta no valor pago ao produtor. Confira a entrevista no vídeocom a reportagem completa. A cooperativa criou uma estrutura para lidar com a soja convencional. Os carregamentos passam por testes para comprovar a pureza antes de serem colocados nos silos que são separados da soja transgênica.
Este ano, Mato Grosso deve colher seis milhões de toneladas de soja convencional, o que corresponde a 25% do total da safra de soja do estado com o GPS de precisão. A saída tem sido embarcar o produto no porto do Rio Grande do Sul, mas para chegar lá, as carretas percorrem cerca de 350 quilômetros a mais do que se fossem pelo Paraná. Os custos têm pesado no bolso de quem está na ponta dessa cadeia, o produtor.